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Carta ao Lula

Prezado ex-presidente Lula,

Acompanhamos com atenção o seu discurso ontem. E sabemos que no calor do momento, podemos cometer deslizes na nossa retórica. Por isso escrevemos esta carta. Para podermos ler, reler e evitar esse tipo de erro.

O político, como qualquer funcionário público, é um servidor a serviço do cidadão. Isso não o faz melhor nem pior que ninguém. Porém, ao contrário de ser funcionário público, ser político não é uma profissão. Ou ao menos não deveria ser. O político deveria ser alguém que dedica uma parte do seu tempo para trabalhar para o bem comum de todos, mas não deveria fazer isso para sempre.

Ter que pedir voto a cada quatro anos não faz de alguém honesto. Como você muito bem disse, o analfabetismo político é muito grande entre os brasileiros, mas ele está presente em nosso país há mais de 500 anos. E é em cima dele que os políticos que não são honestos também conseguem votos a cada quatro anos e se mantém em seus cargos por vários mandatos.

Uma pessoa para passar em um concurso público abre mão de muita coisa, e muitas vezes passa anos estudando. São anos de dedicação, e não meses pedindo voto para se tornar servidora pública, mas isso não torna parte dos servidores públicos analfabetos políticos. O cargo que alguém possui não define o seu grau de conhecimento político, porque como pudemos ver, por exemplo, nas votações para o impeachment, existem alguns políticos que também compartilham do analfabetismo político, tão comentado pelo senhor.

Concordamos que a estabilidade do funcionário público é um problema em alguns aspectos, mas a estabilidade não evita que o funcionário não possa ser demitido por corrupção ou outros crimes. Ademais, não há foro privilegiado para funcionário público. Entretanto, assim como os políticos, a estabilidade é um mal necessário. Ela evita que os serviços à população parem por causa de mudança de governo. Não importa qual partido esteja na poder, os funcionários públicos continuarão trabalhando. Além disso, ela garante ao funcionário público a garantia dele realizar seu trabalho sem medo de represália política. Vale lembrar, que se você conhece um funcionário público que esteja atuando fora da lei, infringindo os princípios básicos da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, este deve ser denunciado e punido. Por isso apoiamos cada vez mais os funcionários de carreira e cada vez menos os cargos comissionados. Cargos deveriam ser apenas para gerentes e posições estratégicas,  dados a pessoas com conhecimento técnico na área de atuação do cargo. Não deveriam ser usados para dar emprego, e muito menos como moeda de troca para políticos.

Acreditamos que o país está mudando. E para melhor. Apesar da dicotomia política aparentemente existente no país, verificamos que o brasileiro está começando a se interessar mais por política. Não dependemos mais dos políticos para nos politizarmos. O brasileiro está cada vez mais correndo atrás de informações, buscando conhecimento. E esse é o objetivo do Politrick. Passar informação, acabar com o analfabetismo político, para assim acabarmos com os péssimos políticos. Estamos fazendo nossa parte e lutamos por um país melhor.

Respeitosamente,
Equipe Politrick

Politrick #12 – Olimpíadas 2016

Neste episódio, Mairon Oliveira e Daniel Casali falam sobre as Olimpíadas no Brasil.

Comentamos sobre as manifestações políticas que estão acontecendo durante os jogos olímpicos, e discutimos sobre as polêmicas relacionadas a proibir estas manifestações.

Conversamos também sobre os gastos públicos e privados das olimpíadas e, contextualizando com o atual cenário econômico brasileiro, avaliamos se este dinheiro poderia estar sendo empregado de outra forma para o país.

Para saber mais:
Lei das Olimpíadas
O que o Direto diz sobre gritar “Fora, Temer” ou “Fora, Dilma˜ – Nexo
Expulsions of Protesters at Rio Olympics Draw Rebukes – NYT
Juiz federal libera manifestações políticas – Folha
Recurso para voltar a proibir protesto político na Olimpíada é retirado – G1
Rio de Gastos, 6ª edição – Instituto PACS
Custos olímpicos do Brasil estão 51% acima do orçamento – Folha