Todo ano em que temos eleições, podemos ter duas certezas: sempre vai ter uma campanha para todos anularem os votos, porque isso anula a eleição; e sempre vão inventar uma coisa nova.
Sobre a questão dos votos nulos, falamos sobre isso no programa #47. Portanto, vou dedicar este espaço para a segunda questão, que este ano veio com o nome de “voto útil”.
Sempre no período eleitoral somos bombardeados, quase diariamente, pelas pesquisas de intenção de voto. E cada instituto segue uma metodologia diferente, por isso os resultados são diferentes de um instituto para outro.
Uma coisa é certa. Muitos brasileiros não se importam com o voto. E tem aqueles que não entendem a importância do voto. E sempre tem a turma que não gosta de eleição e só vota porque é obrigado, então se acabar no primeiro turno logo, melhor.
Com as pesquisas indicando o provável resultado da eleição, muitas pessoas acabam votando nos candidatos melhores colocados, seja para “acabar logo”, seja para “não desperdiçar o voto”. Então serei claro: isso é desperdiçar o voto. E este ano resolveram chamar isso de “voto útil”.
Em 2018 não precisamos escolher entre dois candidatos. Temos ao todo 13 candidatos a presidente, cada um com sua proposta. E o que é melhor: podemos escolher livremente por qualquer um deles.
E sabe qual é o verdadeiro voto útil? Aquele em que você vota em quem você quer, em quem você acha que seja o melhor candidato, com as melhores propostas. E não aquele em que você dá de acordo com as pesquisas.
Já pensou se todos os eleitores que preferem as propostas do candidato que está em 4º lugar nas pesquisas decidem votar no candidato que está em 4º? Ele poderia acabar sendo eleito. “Eu prefiro o candidato A, mas como ele não tem chances, vou votar no B”. Voto inútil.
O nosso sistema eleitoral permite que a gente escolha a melhor opção entre as várias disponíveis. Não são só duas, são várias. Por isso, nestas eleições, faça com que seu voto seja útil: vote no candidato que você acha que seja o melhor.